O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, os ministros Carlos Alberto França (Relações Exteriores), Marcelo Queiroga (Saúde) e Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral), também participaram da reunião.
"Foram discutidas as perspectivas para o desenvolvimento das relações bilaterais. Confirmou-se a disposição para um trabalho conjunto ativo em linha com a parceria estratégica russo-brasileira. Foi manifestado interesse mútuo na construção consistente de laços comerciais e econômicos", informou o serviço de imprensa do Kremlin.
Foi acrescentado que os presidentes falaram sobre a cooperação na luta contra a propagação da infecção por coronavírus. Eles também discutiram o registro no Brasil da vacina russa Sputnik V, a organização do abastecimento e produção do medicamento no país.
"Vladimir Putin e Jair Bolsonaro enfatizaram sua intenção de continuar mantendo o contato pessoal sobre todas essas questões", acrescentou o Kremlin.
Já a nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) afirmou que as partes discutiram o comércio bilateral e a cooperação na indústria de Defesa, acrescentando que "o presidente Bolsonaro enfatizou a necessidade de que mais frigoríficos brasileiros sejam liberados para exportação àquele país".
Antes da reunião com Putin, o presidente Jair Bolsonaro declarou à CNN Brasil que uma delegação do governo brasileiro deve visitar a fábrica da vacina Sputnik V, na Rússia, em breve. Segundo ele, os detalhes da viagem e da inspeção serão divulgados em uma reunião na quarta-feira (7).
"Há uma grande possibilidade de o Brasil fabricar a Sputnik V. O Brasil avançou na negociação, sem intermediário. A negociação é entre o governo brasileiro e o governo russo", disse Bolsonaro.
O pedido feito à Anvisa pela farmacêutica brasileira União Química para o uso emergencial da vacina russa Sputnik V ainda não foi autorizado. Governadores de 11 estados, no entanto, já chegaram a solicitar a importação de mais de 66 milhões de doses do imunizante.