A quase homônima Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 1964, reuniu grupos conservadores religiosos que respaldaram o golpe militar ocorrido naquele ano, sendo realizada em mais de uma ocasião pedindo a deposição do então presidente da República, João Goulart.
Dessa vez, os manifestantes foram às ruas com faixas contra medidas restritivas de combate à COVID-19, incluindo a recente decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) de garantir que governos locais imponham restrições a aglomerações em cultos religiosos com o objetivo de conter o avanço de casos e mortes pela doença.
A principal cidade do protesto foi Brasília, onde algumas centenas de manifestantes marcharam na Esplanada dos Ministérios. Além das faixas de apoio a Bolsonaro, contra as medidas de restrição e de pedidos de intervenção militar, foram erguidas diversas bandeiras de Israel e do Brasil Império nos protestos.
Nas redes sociais, imagens e vídeos foram compartilhados mostrando a marcha em outras cidades, como em Campinas, interior de São Paulo, além da capital paulista, Natal, Belo Horizonte e também no Rio de Janeiro e Niterói. Nessas cidades as manifestações foram menores que a realizada em Brasília, com exceção de São Paulo e Rio de Janeiro, onde centenas se reuniram na Avenida Paulista e em Copacabana, respectivamente.
Em São Paulo, centenas de pessoas se reuniram na Avenida Paulista, tradicional local de protestos na capital paulista.
Em Campinas, uma carreata chegou a ser rechaçada por moradores.
A marcha contra medidas de restrições sociais ocorre em meio ao pico de casos e mortes da COVID-19 no Brasil. Atualmente, a média móvel diária de óbitos supera três mil no país, que acumula mais de 351 mil mortes causadas pela doença e convive com um quadro de colapso sanitário e hospitalar.