Na última terça-feira (13), a Casa Branca anunciou que os EUA completariam a retirada das tropas do Afeganistão até 11 de setembro, 20º aniversário dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Biden disse que as razões para permanecer no Afeganistão "se tornaram cada vez mais obscuras" e que os Estados Unidos "cumpriram" seu objetivo no país.
"As tropas dos EUA, bem como as forças desdobradas por nossos aliados e parceiros operacionais da OTAN, estarão fora do Afeganistão antes de marcarmos o 20º aniversário do ataque hediondo de 11 de setembro, mas não tiraremos nossos olhos da ameaça terrorista", disse Biden.
O presidente disse ainda que os EUA continuarão monitorando a ameaça no Afeganistão e a fornecer assistência às forças de segurança afegãs após a retirada.
"Vamos tomar o Talibã como responsável pelo compromisso de não permitir que nenhum terrorista ameace os EUA ou seus aliados em solo afegão. O governo afegão também assumiu esse compromisso conosco", disse Biden, mencionando os termos do acordo de Doha com Talibã, assinado em 2020, que prevê a retirada dos EUA do Afeganistão em troca do compromisso do Talibã de não hospedar forças terroristas que pudessem ameaçar a segurança nacional dos EUA.
O ex-presidente norte-americano, Donald Trump, chegou a um acordo com o movimento Talibã, no início do ano passado, estabelecendo a retirada de tropas em maio de 2021, em troca da promessa dos insurgentes de não apoiar a Al-Qaeda (grupo terrorista proibido nos EUA, na Rússia e em diversos outros países) ou outras organizações extremistas.