Jim Banks, que coordena os congressistas conservadores, criticou a abordagem de Biden em uma nota ao Comitê de Estudo Republicano (RSC, na sigla em inglês), cuja cópia foi obtida pela mídia antes de ser lançada. A mensagem é a "salva mais abrangente" republicana contra política de Biden em relação à Rússia até o momento.
O RSC afirma que o discurso duro de Biden não foi acompanhado por uma política suficiente contra o "mau comportamento" da Rússia. Banks escreveu que o presidente Biden chamou o presidente russo Vladimir Putin de "assassino", enquanto sua administração, em grande parte, fica tentando "reiniciar" a política "falha" de Barack Obama.
"Como Obama, a administração Biden já expressou um padrão perigoso de fraqueza em relação à Rússia", segundo a nota de Banks.
Até agora, a abordagem de Biden tem sido consideravelmente mais fraca, declarou Banks, que não deixou de citar a renovação incondicional do Novo START, o tratado bilateral de controle de armas, para mais cinco anos sem negociar novas cláusulas relacionadas a armas modernas.
Apesar das sanções norte-americanas recentemente impostas, os republicanos acreditam que o presidente Biden não pegou tão pesado.
O RSC anteriormente apelou para sanções contra a dívida pública da Rússia, o que a administração Biden impôs na semana passada. Banks escreveu que a aplicação da política pela Casa Branca inclui um "número de exceções que não tem dentes reais". A administração Biden não impôs sanções contra algumas entidades-chave russas, como o banco VTB e Banco Central da Rússia.
Além disso, Banks se juntou aos membros do Congresso que apelam para as sanções contra as entidades envolvidas na construção do gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), da costa russa até Alemanha, através do mar Báltico. Por sua vez, anteriormente, Biden disse que a imposição de novas sanções seria "complicada" para os aliados dos Estados Unidos.
Em 15 de abril, a administração de Joe Biden anunciou novas sanções contra a Rússia e a expulsão de dez diplomatas russos, em retaliação por suposto ataque cibernético contra SolarWinds e alegada interferência nas eleições presidenciais norte-americanas de 2020.