COVID-19: presos dos EUA são monitorados após receberem até 6 vezes dosagem da vacina da Pfizer

Duas enfermeiras da Penitenciária Fort Madison, de Iowa, nos EUA, administraram a dosagem incorreta em 77 presos. A vacina da Pfizer/BioNTech vem concentrada e precisa ser diluída antes da aplicação.
Sputnik

Funcionários penitenciários de Iowa, estado localizado no centro-oeste dos EUA, estão monitorando 77 presos de segurança máxima para reações adversas depois de aplicarem inadvertidamente neles até seis vezes a dosagem normal da vacina da Pfizer/BioNTech contra a COVID-19.

Duas enfermeiras da Penitenciária Fort Madison, de Iowa, administraram incorretamente a vacina, de acordo com um comunicado da prisão da quinta-feira (22). O incidente ocorreu na terça-feira (20), levando a uma pausa nas vacinações na prisão depois que as duas funcionárias foram colocadas em licença temporária.

O porta-voz do Departamento de Correções de Iowa, Cord Overton, disse ao jornal The Des Moines Register que a maioria dos homens afetados apresentava apenas sintomas leves, como aqueles associados às doses normais da vacina, como dores nos braços e no corpo. Pelo menos um prisioneiro teve febre, que foi tratável com paracetamol.

As autoridades penitenciárias foram orientadas por especialistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), da Pfizer e da Universidade de Iowa, que recomendaram monitoramento das pessoas afetadas pela superdose por pelo menos 48 horas.

Kimberly Koehlhoeffer, mãe de um presidiário, contou que seu filho e outros homens tiveram reações, como náuseas e desidratação severa.

A vacina da Pfizer/BioNTech vem congelada e é embalada em forma concentrada, por isso é diluída com solução salina antes de as injeções serem administradas.

As autoridades estaduais não deram uma explicação específica sobre como os presidiários tiveram uma overdose, mas é possível que as injeções tenham sido administradas sem que a vacina fosse diluída.

No último dia 5 de abril, todos os adultos do estado de Iowa se tornaram elegíveis para receber vacinas da COVID-19, depois da conclusão da imunização dos grupos de risco. Cerca de 200 presidiários de grupos de risco foram vacinados ainda em janeiro, mas o sistema prisional só voltou a receber verbas novamente no início deste mês.

Iowa tem cerca de 7.600 pessoas encarceradas. No início da pandemia, dois funcionários da prisão e 19 presidiários morreram em virtude de complicações do coronavírus. Mais de 28% de todos os habitantes de Iowa foram totalmente vacinados. Cerca de 15% dos presos já tomaram a primeira dose.

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