Preço dos motores dos caças F-35 aumenta com expulsão da Turquia do programa

Tripulação de caça F-35 e tripulação se prepara para missão na Base Aérea de Al-Dhafra, nos Emirados Árabes Unidos, 5 de agosto de 2019
"Algumas das peças mais críticas do motor" F135, usado no caça de quinta geração dos EUA, eram fabricadas por empresas turcas. Sem estas, os preços aumentarão.
Sputnik

A retirada da Turquia do programa de fabricação dos caças de quinta geração F-35 fará aumentar o preço dos motores destas aeronaves em 3%, informou na quinta-feira (22) Matthew Bromberg, diretor da divisão de motores militares do fabricante Pratt & Whitney.

"Estas são algumas das peças mais críticas do motor e os fornecedores turcos eram de alta qualidade e baixo custo. 75% deles foram substituídos por novos fornecedores. A maioria deles é natural aqui dos Estados Unidos", disse ele, durante audiência do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes dos EUA.

Por isso, o Pentágono está "continuando a trabalhar com a Pratt & Whitney para analisar o crescimento de custos projetado e para garantir que o sistema de propulsão F135 continue sendo um componente acessível do sistema aéreo F-35", declarou aos legisladores Eric Fick, tenente-coronel executivo do programa F-35.

Originalmente, a Turquia produzia 188 peças para o motor de todos os três modelos do F-35. É esperado que os contratos existentes com fornecedores turcos terminem apenas em 2022.

Ancara participou durante anos do programa F-35 norte-americano, mas Washington a expulsou após a ameaçar com sanções, após a compra pela Turquia dos sistemas russos de defesa antiaérea S-400.

Além destes problemas de fornecimento de componentes, os motores também foram a causa da imobilização forçada de 21 modelos F-35A na quinta-feira (22), segundo o general David Abba, que lidera o escritório de integração do F-35.

Os caças americanos de quinta geração F-35 enfrentam há anos problemas de diverso tipo devido à sua complexidade. Em janeiro de 2021 a agência Bloomberg relatou, citando documentos do Pentágono, que o caça tem 871 deficiências de vários tipos, com perigo tanto para o equipamento como para os pilotos, obrigando também a interromper muitas operações iniciadas.

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