A retirada da Turquia do programa de fabricação dos caças de quinta geração F-35 fará aumentar o preço dos motores destas aeronaves em 3%, informou na quinta-feira (22) Matthew Bromberg, diretor da divisão de motores militares do fabricante Pratt & Whitney.
"Estas são algumas das peças mais críticas do motor e os fornecedores turcos eram de alta qualidade e baixo custo. 75% deles foram substituídos por novos fornecedores. A maioria deles é natural aqui dos Estados Unidos", disse ele, durante audiência do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes dos EUA.
Por isso, o Pentágono está "continuando a trabalhar com a Pratt & Whitney para analisar o crescimento de custos projetado e para garantir que o sistema de propulsão F135 continue sendo um componente acessível do sistema aéreo F-35", declarou aos legisladores Eric Fick, tenente-coronel executivo do programa F-35.
Originalmente, a Turquia produzia 188 peças para o motor de todos os três modelos do F-35. É esperado que os contratos existentes com fornecedores turcos terminem apenas em 2022.
Ancara participou durante anos do programa F-35 norte-americano, mas Washington a expulsou após a ameaçar com sanções, após a compra pela Turquia dos sistemas russos de defesa antiaérea S-400.
Além destes problemas de fornecimento de componentes, os motores também foram a causa da imobilização forçada de 21 modelos F-35A na quinta-feira (22), segundo o general David Abba, que lidera o escritório de integração do F-35.
Os caças americanos de quinta geração F-35 enfrentam há anos problemas de diverso tipo devido à sua complexidade. Em janeiro de 2021 a agência Bloomberg relatou, citando documentos do Pentágono, que o caça tem 871 deficiências de vários tipos, com perigo tanto para o equipamento como para os pilotos, obrigando também a interromper muitas operações iniciadas.