Após a revista Science ter apontado que houve inação do governo de Jair Bolsonaro durante a pandemia da COVID-19 no Brasil, a Bloomberg divulgou um estudo que revelou que o país teve o pior desempenho diante da crise pandêmica.
Chamado de "Ranking de Resiliência", a publicação norte-americana apresenta as nações que mais tiveram dificuldades para lidar com a COVID-19. O Brasil foi classificado em último lugar, tendo o pior desempenho entre as economias relacionadas pelo levantamento.
No estudo, foram analisadas apenas as economias com PIB superior a US$ 200 bilhões (cerca de R$ 1,079 trilhão). Em razão do viés econômico da Bloomberg, uma grande quantidade de dados e parâmetros financeiros foram levados em consideração para determinar as posições de cada país.
Entre os dez indicadores que compõem a lista, destacam-se a taxa de mortalidade, a taxa de testes positivos para a COVID-19 (ou de infecção), o acesso às vacinas, a liberdade de circulação e a evolução do Produto Interno Bruto, entre outros.
Em relação à última atualização do ranking, feita em março, a Argentina caiu sete patamares na lista, ocupando atualmente a posição de número 51.
Outras nações latino-americanas também foram listadas pela publicação. A saber: Chile (36º); Peru (47º); México (48º); Colômbia (50º); e o Brasil (53º).
Entre os cinco primeiros colocados, estão, em ordem, Singapura, Nova Zelândia, Austrália, Israel e o Taiwan.
A crise no Brasil
Ontem (27), o balanço do consórcio de veículos de imprensa, feito com dados das secretarias de Saúde, registrou 3.120 mortes por COVID-19 nas últimas 24 horas, chegando a um total de 395.324 óbitos no Brasil.
A média móvel de mortes no país na última semana chegou a 2.399, ficando abaixo de 2.400 pela primeira vez depois de mais de um mês. O total de casos confirmados de coronavírus chegou a 14.446.541.
Vale lembrar que a média móvel de mortes pelo coronavírus no Brasil está acima da marca de mil óbitos há 97 dias. São 42 dias com a média acima de 2 mil mortes diárias.