Em abril, Estados Unidos e Noruega assinaram um acordo que Moscou acredita que possibilitaria a Washington enviar tropas e ativos para as chamadas áreas coordenadas do Ártico, para a realização de exercícios militares. Lavrov, por sua vez, prometeu levantar essa questão na 12ª reunião ministerial do Conselho do Ártico em Reykjavik, na Islândia, que começou na quarta-feira (19).
"Acreditamos que o Ártico deve permanecer uma área de paz, estabilidade e cooperação construtiva. Durante a reunião de hoje [20], mais uma vez enfatizamos que não vemos potencial para conflito aqui, muito menos para o desdobramento de qualquer tipo de programa de blocos político-militares. Estamos satisfeitos que a maioria dos nossos parceiros compartilhe dessa posição", disse o chanceler russo em uma coletiva de imprensa conjunta com o ministro das Relações Exteriores da Islândia, Gudlaugur Thordarson, que aconteceu em paralelo à cúpula ministerial.
Hoje [20], os Estados do Ártico reafirmaram o seu compromisso com a nabutebção da paz, da estabilidade e da cooperação no Ártico, enfatizando a sua posição única para promover a governança responsável na região e afirmando a importância de abordar imediatamente as mudanças climáticas.
Na reunião desta quinta-feira (20) do Conselho do Ártico, a Islândia transferiu a presidência da organização para a Rússia, que a exercerá pelos próximos por dois anos. Por sua vez, o ministro russo Sergei Lavrov declarou que o seu governo está disposto a organizar a cúpula do conselho durante esse período.
Estabelecido em 1996, o Conselho do Ártico é um fórum intergovernamental de alto nível, que visa promover a parceria e a coordenação entre os Estados da região em questões de interesse comum, como o desenvolvimento sustentável e os povos indígenas. Os oito países do conselho incluem Canadá, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega, Rússia, Suécia e Estados Unidos.