Anteriormente, a representante oficial da OTAN, Oana Lungescu, anunciou que a aliança vai discutir, na próxima cúpula marcada para junho, o aumento das capacidades militares do país na região ártica. Segundo suas palavras, aí a Rússia está desenvolvendo mais seu potencial militar do que em qualquer outro período desde a época da Guerra Fria.
O embaixador russo afirmou que as medidas de restauração da infraestrutura militar no Ártico, tomadas pelo Estado russo, "são condicionadas pela necessidade de assegurar a capacidade defensiva de nosso país na direção do Ártico, a qual tem significado estratégico para a segurança nacional e economia de nosso país".
Em particular, nota o diplomata, mais de 10% do PIB e mais de 20% das exportações russas são produzidos na zona do Ártico.
Além disso, Moscou conta com a criação de condições seguras para concretização de projetos econômicos em grande escala, bem como para assegurar o desenvolvimento socioeconômico contínuo da região, detalhou o entrevistado.
De acordo com suas palavras, os representantes da Federação da Rússia declararam repetidamente que sua atividade militar no Ártico não viola nenhuns compromissos internacionais nem ameaça à segurança de outros países árticos.
Interesse da China na cooperação sobre o Ártico
Adicionalmente, o diplomata falou sobre o interesse do país asiático na cooperação com Moscou em matéria do Ártico. A China é um país-observador do Conselho Ártico.
Segundo o diplomata russo, há uma cooperação construtiva entre a Rússia e os parceiros chineses, e Pequim quer desenvolvê-la ainda mais.
"Do lado chinês, foi expresso o interesse em cooperar na plataforma do Conselho Ártico em assuntos de geocrinologia e economia do hidrogênio, bem como na interação entre as estações científicas da Rússia e China em Svalbard, em estudos conjuntos do mar e em questões relacionadas às condições meteorológicas e situação do gelo na região do Ártico", detalhou.
Ele também notou que há interesse de Pequim na Rota Marítima do Norte como uma alternativa ao canal de Suez, já que a "diversificação de rotas é sempre uma redução de riscos', conforme as palavras de Korchunov.