Em uma entrevista ao canal Zvezda, Kolesnikov disse que no arquipélago de Novaya Zemlya, que se localiza no Ártico, foram conduzidos 132 testes nucleares entre 1954 e os anos 1990.
"A partir da década de 1990, devido à introdução da moratória, nem uma única explosão nuclear foi realizada no local", ressaltou.
O general recordou que em 1996 a Rússia assinou, ratificando em 2000, o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês).
"É por isso que estamos agora conduzindo testes explosivos não nucleares. Ensaios não nucleares são realizados com o objetivo de confirmar a confiabilidade do arsenal nuclear existente", explicou.
"Vale ressaltar que os EUA estão trabalhando exatamente no mesmo sentido, também conduzem testes semelhantes em Nevada", acrescentou.
Com a cessação dos testes nucleares subterrâneos em grande escala, os ensaios não nucleares começaram a desempenhar um papel importante na avaliação da segurança do arsenal nuclear existente.
Esta é uma forma especial de estudar os processos físicos que ocorrem em cargas nucleares.
Tais testes são realizados com maquetes de dispositivos explosivos nucleares sem a emissão de energia nuclear causada por reações de fissão em cadeia de urânio-235 ou plutônio-239.
Os dados recebidos nesses ensaios permitem concluir sobre o desempenho e confiabilidade da maquete testada, bem como sobre a possibilidade de prolongar seu prazo de validade.