China sobre artigo de Biden: todos devem resolver assuntos mundiais, e não alguns países

As consultas sobre assuntos da comunidade internacional devem decorrer com participação de todos os países, as decisões finais não devem ser apenas de um grupo de Estados escolhidos, declarou nesta segunda-feira (7) o porta-voz do MRE chinês.
Sputnik

Anteriormente, o presidente dos EUA, Joe Biden, declarou em seu artigo para o jornal The Washington Post que a China não deve participar da elaboração das regras do comércio e das tecnologias mundiais. Biden também escreveu que as principais democracias do mundo vão apresentar propostas de alto nível, alternativas às da China, para a modernização da infraestrutura física, digital e de saúde.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse durante um briefing, comentando o artigo do presidente norte-americano:

"A China sempre manteve a opinião que o desenvolvimento pacífico e a cooperação mutuamente vantajosa são tendências atuais e aspiração comum de todos os países, cada membro da comunidade internacional deve cumprir os princípios e objetivos da Carta das Nações Unidas, apoiar um sistema internacional com papel predominante da ONU e contribuir para a democratização das relações internacionais".

Ele acentuou especificamente que "das consultas sobre os assuntos da comunidade internacional devem participar todos os países, enquanto a palavra final não deve pertencer apenas a alguns Estados".

De acordo com suas palavras, a comunidade internacional deve seguir os princípios de abertura e inclusão e também insistir na realização de consultas em pé de igualdade.

"Demarcação de fronteiras ideológicas, concretização de uma política de blocos dirigida contra certos países ou a prática de pseudomultilateralismo seletivo – tudo isso são ações que se opõem às atuais tendências, elas são impopulares e não obterão sucesso", ressaltou o alto diplomata.

O porta-voz chinês expressou sua esperança de que "os EUA tratem a China imparcial e racionalmente, parem de exagerar e inflar a ameaça chinesa, façam mais esforços favoráveis à promoção da confiança mútua e cooperação entre a China e os EUA, bem como à paz, estabilidade e prosperidade global".

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