Funcionário da China diz que 'inimigos reais' querem ver Hong Kong como 'peão da geopolítica'

Representante chinês em Hong Kong disse que quem tenta transformar a cidade em um "peão da geopolítica" são os "verdadeiros inimigos" e que Pequim é quem realmente defende o status especial da cidade.
Sputnik

Luo Huining, diretor do Escritório de Ligação de Hong Kong da China, disse neste sábado (12) em um fórum que o centro financeiro, uma ex-colônia britânica entregue à China em 1997, continua sendo uma das economias mais competitivas do mundo, informou o South China Morning Post.

"Aqueles que tentam transformar Hong Kong em um peão da geopolítica, uma ferramenta para conter a China, bem como uma ponte para se infiltrar no continente, estão destruindo a fundação de 'um país, dois sistemas'", disse Luo, referindo-se à fórmula acordada quando o Reino Unido devolveu a cidade com o objetivo de preservar suas liberdades e o papel de centro financeiro.

"Eles são os verdadeiros inimigos da prosperidade e estabilidade de Hong Kong", afirmou, sem identificar qualquer pessoa ou grupo.

Luo disse que o Partido Comunista no poder é "o criador, líder, implementador e defensor de um país, dois sistemas". Apesar dessas garantias, muitos residentes de Hong Kong nos últimos anos manifestam preocupação com o que consideram uma tentativa de Pequim de restringir sua liberdade. A China nega isso.

Segundo reportagem da Reuters, o Escritório de Ligação não confirmou nem comentou o conteúdo do discurso.

O mal-estar entre muitos residentes de Hong Kong aumentou a partir de 2014, quando manifestantes pró-democracia saíram às ruas para exigir o sufrágio universal. As manifestações voltaram a crescer como uma bola de neve em 2019, provocadas pela oposição à reforma judicial, que muitas pessoas viram como uma ameaça ao seu modo de vida.

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Pequim impôs também uma ampla lei de segurança nacional na cidade em junho passado, sufocando o movimento pró-democracia e levantando novas preocupações sobre as perspectivas da cidade.

Os defensores da lei dizem que ela restaurou a ordem e melhorou as perspectivas para a economia da cidade, que Luo declara estar entre as mais competitivas do mundo, apesar dos temores de deterioração.

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