OTAN pode se manifestar contra implantação de mísseis nucleares na Europa após cúpula em Bruxelas

Membros da OTAN estão se preparando para se opor formalmente à implantação pela Aliança de mísseis nucleares terrestres na Europa após a reunião do presidente dos EUA, Joe Biden, com líderes dos países do bloco, que deverá ocorrer em 14 de junho em Bruxelas.
Sputnik

Portal Defense News, que cita um assessor do Senado dos EUA e uma fonte na Europa, afirma que esta posição está na linha dos comentários anteriores do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, e é descrita em um projeto de comunicado que deverá ser divulgado na sequência da cúpula da OTAN.

Segundo a notícia, a decisão é considerada um possível mecanismo para reduzir tensões com a Rússia e dar início a um debate sobre o controle de armas antes da reunião entre Rússia e EUA marcada para 16 de junho.

Segundo o portal, a implantação pela OTAN de novos mísseis nucleares terrestres na Europa é apenas teórica. Após a reunião do Grupo de Planejamento Nuclear da aliança no ano passado, Stoltenberg afirmou que não havia planos para fazê-lo, embora ele tenha observado que vários membros planejavam adquirir sistemas adicionais de defesa antiaérea e antimíssil.

Vale recordar que o fim do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), um dos pilares do sistema internacional de controle de armas, ocorreu após a retirada unilateral dos EUA do acordo, em agosto de 2019.

OTAN pode se manifestar contra implantação de mísseis nucleares na Europa após cúpula em Bruxelas

Na ocasião, Washington acusou Moscou de violar os termos do tratado ao desenvolver e testar o míssil 9M729 (SSC-8, de acordo com a classificação da OTAN). Para Moscou, o alcance do míssil 9M729 é inferior a 500 quilômetros, por isso, seu desenvolvimento e testes seriam permitidos pelo Tratado INF.

A próxima cúpula da OTAN terá lugar em 14 de junho em Bruxelas, onde os participantes devem discutir questões relacionadas com Rússia e China e as alterações climáticas, entre outras.

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