Cientistas do Chipre encontram novo 'superpropagador' do coronavírus

Cientistas da Universidade de Nicósia, no Chipre, revelaram que os pólens de árvores podem transportar o vírus SARS-CoV-2.
Sputnik

De acordo com o artigo publicado na revista Physics of Fluids, os pesquisadores procuraram entender como várias partículas facilitam a propagação do coronavírus. Eles encontraram uma relação entre surtos da infecção pelo vírus e a concentração de pólen no ar.

Em um dia normal de primavera nos EUA, com vento fraco, o pólen podia atingir em menos de um minuto uma aglomeração de pessoas que se encontrava a 20 metros de distância da árvore.

"Uma de tarefas mais importantes foi a recriação de um ambiente completamente realístico: milhares de folhas de árvores e partículas de pólen, centenas de caules e um ajuntamento realista de uma multidão de cerca de 100 indivíduos a cerca de 20 metros da árvore", esclareceu um dos cientistas.

O modelo computorizado demonstrou que o pólen dissemina o SARS-CoV-2 a uma distância mais longa do que ele poderia se deslocar simplesmente através do ar.

Os pesquisadores estudaram o Mapa Nacional de Alérgenos e descobriram que o coronavírus realmente se transmitia com mais intensidade nas regiões de grande concentração de pólens.

Nota-se que, em tais condições, o distanciamento social de dois metros utilizado em todo o mundo pode ser insuficiente.

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