Turquia terá seu próprio sistema de lançamento de mísseis após sanções dos EUA

A primeira fragata produzida na Turquia deve ser equipada com o Sistema Nacional de Lançamento Vertical já em 2023.
Sputnik

A empresa turca de defesa Roketsan desenvolverá um sistema de lançamento vertical de mísseis para a primeira fragata fabricada internamente, depois que as sanções de Washington a impediram de cooperar com a montadora norte-americana Lockheed Martin, informou Alper Kose, que dirige a unidade de plataformas navais da agência de compras de Defesa da Turquia.

"O FMS [programa de Vendas Militares Estrangeiras do Departamento de Defesa dos EUA] não recebeu permissão para usar o Mk 41, fabricado nos EUA, como o sistema de lançamento vertical do quinto navio do [projeto naval turco] Milgem."

"Por isso, assinamos um acordo com a Roketsan e reorganizamos o contrato para a Roketsan desenvolver o VLS [sistema de lançamento vertical]", disse ele à mídia turca.

Os EUA sancionaram a Turquia por adquirir o sistema de defesa antiaérea S-400 da Rússia, impedindo o país de usar o Mk 41.

Turquia terá seu próprio sistema de lançamento de mísseis após sanções dos EUA

O futuro projeto do Sistema Nacional de Lançamento Vertical (MDAS, na sigla em turco) será semelhante ao Mk 41, disse ao portal Defense News uma fonte de uma empresa subcontratada do projeto.

"No entanto, ele tem algumas diferenças estruturais, como a altura. O MDAS terá oito metros de comprimento, que é 30 centímetros mais longo do que o Mk 41", comentou a fonte na condição de anonimato.

"O sistema será capaz de lançar mísseis de fabricação turca, incluindo a família HISAR de mísseis terra-ar [...] e mísseis antinavio ATMACA", acrescentou.

Inicialmente, foi planejado equipar a fragata da classe TF2000, programada para entrar em serviço da Marinha da Turquia até 2027, com o MDAS. No entanto, as sanções dos EUA levaram a Presidência das Indústrias de Defesa da Turquia a acelerar o projeto. De acordo com o programa da agência, a primeira fragata equipada com o novo sistema entrará em serviço já em 2023.

Não foi referido o custo de implementação do projeto.

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