OTAN 'não traz qualquer estabilidade ao continente', diz Kremlin

Moscou sempre tem estado interessada na recuperação de relações construtivas com a OTAN, e a Turquia é um exemplo de como é possível e necessário construir laços com os países do bloco. No entanto, a aliança não traz qualquer estabilidade ao continente, segundo o porta-voz do Kremlin.
Sputnik

A Rússia, apesar de tentativas de construir um diálogo com a OTAN, enfrenta tentativas de imposição de "uma agenda" em forma de ultimato, o que torna a discussão impossível, de acordo com o porta-voz de Kremlin, Dmitry Peskov.

"Agora, apesar de tentativas de restabelecê-lo [o diálogo], enfrentamos uma tentativa de nos imporem uma agenda qualquer. Inclusive na forma de ultimato. Isso torna o diálogo neste momento impossível nas condições que tentam nos impor", disse Peskov em entrevista.

A Rússia sempre tem estado interessada na recuperação de relações construtivas. É possível e é necessário falar com a OTAN, afirmou Peskov. No entanto, o bloco não traz qualquer estabilidade ao continente, dado que a aliança foi criada para a luta e confronto.

"É um bloco que foi criado para a luta, para confronto […] Continua cumprindo as mesmas funções, porque não está preparado para mais nada. Não traz qualquer estabilidade ao continente. Ao contrário, é um elemento de desestabilização", destacou Peskov.

Os países da região do Báltico, ao instalar tropas norte-americanas em seus territórios, de fato aumentam as tensões ainda mais, segundo o porta-voz do presidente da Rússia.

A Turquia é membro da OTAN, mas suas relações com a Rússia são um exemplo de como é possível e necessário construir laços com Estados-membros da aliança.

"A Turquia é um país da OTAN, mas ao mesmo tempo nossas relações com a Turquia são um exemplo de que mesmo com membros da OTAN, representados pela Turquia, é possível e é necessário construir relações de parceria", de acordo com Peskov.

Isso é um exemplo de que mesmo os países da OTAN, apesar da indiscutível disciplina no bloco, onde no topo estão os Estados Unidos, podem manter sua soberania no que toca à manutenção da segurança regional.

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