Rússia não aceita que EUA dialoguem com Moscou a partir de 'posições de força', diz Lavrov

A cúpula Rússia-EUA em Genebra correu bem, mas, logo depois, o lado americano voltou aos sermões e exigências. Tais tentativas estão condenadas ao fracasso, disse o chanceler russo Sergei Lavrov.
Sputnik

"Em nossa opinião, a cúpula russo-americana decorreu 'de maneira franca e construtiva'. Conseguimos discutir em detalhe a situação em assuntos bilaterais, intercambiar considerações sobre as questões da estabilidade estratégica, controle de armas e conflitos regionais", disse Lavrov em entrevista ao jornal indonésio Rakyat Merdeka.

Ele notou que "tendo expressado suas posições de princípio, os lados demonstraram seu desejo de se entender".

Conforme anunciou o ministro russo, o resultado principal da cúpula "embora tenha sido modesto, ainda assim foi um passo em frente na restauração da normalidade entre nossos países", o que "acreditamos firmemente ser impossível sem o respeito mútuo e a consideração dos interesses uns dos outros".

De acordo com Lavrov, o líder russo deixou claro que os resultados só são possíveis através da busca de um equilíbrio de interesses mutuamente aceitável, estritamente em uma base de paridade. Nenhuma objeção foi expressa durante as conversações, mas, logo após a cúpula, altos funcionários americanos, incluindo participantes da reunião de Genebra, "retomaram os antigos sermões com força redobrada", recomeçando a fazer exigências à Rússia, acompanhadas de ameaças de novas pressões, adicionou Lavrov.

"As tentativas de conduzir o diálogo a partir de uma posição da força desde o início estão condenadas ao fracasso – vamos responder às ações hostis com firmeza e determinação", acentuou o ministro das Relações Exteriores da Rússia.

Em 16 de junho, foi realizada em Genebra a primeira reunião entre o presidente russo Vladimir Putin e o presidente dos Estados Unidos Joe Biden. Putin anunciou que ele e Biden haviam concordado em iniciar consultas sobre a estabilidade estratégica a nível interministerial. Segundo ele, ambos os países estão cientes de sua responsabilidade especial pela estabilidade estratégica no mundo.

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