As fortes chuvas e inundações que atingem a Europa mataram pelo menos 59 pessoas na Alemanha e oito na Bélgica, e há dezenas de pessoas que estão desaparecidas, pois a enchente causou o desabamento de várias casas nesta quinta-feira (15), reporta a agência AFP.
"Tivemos dois ou três dias de chuva constante. Ou talvez quatro, perdi a noção. Eu vi a pizzaria ficar inundada, meia hora depois a padaria estava inundada […]. Estávamos impotentes contra isso. Veio tão rápido, eu nunca vi nada assim", disse Klaus Radermacher, morador da cidade alemã de Schuld há 60 anos.
A chanceler alemã Angela Merkel, em visita a Washington, afirmou que ficou "chocada" com o "desastre" humanitário, chamando-o de "tragédia" para a nação. Merkel prometeu que o governo alemão faria "tudo ao seu alcance para, nas circunstâncias mais difíceis, salvar vidas, prevenir o perigo e aliviar o sofrimento".
Rio transbordou na Bélgica
Na Bélgica, cerca de 10 casas desabaram na cidade de Pepinster, depois que o rio Vesdre inundou o município. Os moradores foram evacuados de mais de 1.000 casas.
A chuva também causou transtornos graves no transporte público. Os serviços de trem de alta velocidade Thalys, que levam à Alemanha, foram cancelados. As autoridades também fecharam várias estradas, incluindo a movimentada rodovia A2, enquanto os temores continuavam de que a água das fortes chuvas na Alemanha e na Bélgica aumentaria o nível do rio ao chegar aos Países Baixos.
O governo de Luxemburgo criou um gabinete de crise para responder às emergências desencadeadas pelas fortes chuvas. O primeiro-ministro luxemburguês, Xavier Bettel, relatou que "várias casas" foram inundadas.
A presidente da Comissão da União Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu ajudar, e o Papa Francisco enviou condolências, com seu escritório dizendo que o pontífice estava orando pelos feridos e desaparecidos.