A série de ataques teria ocorrido na terça-feira (24) com diversos comboios atingidos nas zonas de Nasiriyah e Samawah, no sudeste do Iraque, e outros dois atacados em al-Diwaniyah, capital da província sudeste de al-Qadisiyyah.
A milícia Qasem al-Jabbarin, que as autoridades dos EUA alegam ser uma fachada para o grupo Kataib Hezbollah e é especializada em organizar detonação de explosivos à beira de rodovias, assumiu a responsabilidade pelos ataques.
Os EUA classificam o Kataib Hezbollah como uma organização terrorista e têm repetidamente atacado as instalações deste grupo no território do Iraque e da Síria, provocando críticas por parte das autoridades em Bagdá e Damasco.
A Qasem al-Jabbarin divulgou imagens que supostamente mostram várias explosões na rodovia perto de comboios de caminhões-tanque. No entanto, a Sputnik não consegue confirmar a veracidade do vídeo tal como divulgado pela milícia.
Em 24 de agosto, [foram feitos] oito ataques em um dia com dispositivos explosivos improvisados (IED) contra comboios logísticos dos EUA. Grupos de resistência iraquianos atacaram comboios logísticos dos EUA nas áreas de Naseriyah e Samawah. Dois comboios também foram atacados em Diwaniyah e outros dois separadamente na área de Babel e na cidade de Bagdá.
De acordo com o ISWNews, desde março o número total de ataques a comboios logísticos dos EUA no Iraque aumentou para 130. O Pentágono, por sua vez, ainda não forneceu qualquer comentários sobre os alegados ataques.
Os EUA transportam regularmente veículos militares e caminhões carregados de petróleo e trigo roubados da Síria através da passagem fronteiriça ilegal de al-Waleed, entre o oeste do Iraque e o sul da Síria.
No mês passado o primeiro-ministro iraquiano Mustafa al-Kadhimi e o presidente dos EUA Joe Biden chegaram a um acordo, nos termos do qual todas as forças de combate americanas seriam retiradas do Iraque até o final de 2021.