A polícia espanhola informou no Twitter que Carjaval "vivia totalmente enclausurado, sem sair para o exterior nem olhar para a janela, e sempre protegido por pessoas de confiança".
Foi divulgado um vídeo com o momento da sua detenção.
Preso esta noite em Madri "El Pollo" Carvajal, fugitivo da justiça e procurado para sua extradição para os EUA. Vivia totalmente enclausurado, sem sair para o exterior nem olhar pela janela, e sempre protegido por pessoas de confiança.
A prisão foi realizada às 21h15 no horário local (16h15 no horário de Brasília) pela unidade da polícia espanhola em conjunto com a Administração de Fiscalização de Drogas, de acordo com fontes policiais da agência Europa Press.
As autoridades norte-americanas informaram em 17 de junho a polícia espanhola que o ex-chefe da inteligência venezuelana estava escondido em um apartamento em Madri, reporta o jornal El Mundo.
"Sabe-se que Carvajal usa perucas, bigodes, barbas e disfarces para passar despercebido. Também há indicações de que fez uma cirurgia plástica para ocultar seu aspecto físico", indica a carta norte-americana revelada pela mídia.
Ex-militar venezuelano
Carvajal foi diretor da Inteligência Militar da Venezuela por mais de sete anos, durante o governo de Hugo Chávez e brevemente na presidência de Nicolás Maduro. Existe uma ordem de extradição emitida pelos EUA contra o ex-militar por crime de tráfico de drogas.
Carjaval chegou a ser foi detido em 2019 em Madrid, mas foi liberado em setembro do mesmo ano, quando a justiça espanhola determinou que as acusações contra ele eram vagas demais e que o pedido de extradição dos EUA tinha motivação política.
Em seguida, em novembro de 2019, a Audiência Nacional da Espanha concordou em extraditar Carvajal para os EUA e em março de 2020 o governo espanhol aprovou o processo. No entanto, o ex-militar fugia da justiça.
Os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 52 milhões) pela captura de Carvajal, registrado nos casos abertos em Nova York e Flórida, um por suposto tráfico de cocaína aos EUA em 2008 e outro por alegadas ligações com as extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Por este caso também foi sancionado pelo Departamento do Tesouro norte-americano.