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'Passado, presente e futuro': como museu CR7 na Madeira atrai fãs de Cristiano Ronaldo (FOTOS)

O Museu CR7, na ilha da Madeira, é um museu de grandes novidades. Nem tanto pelo tamanho, mas sim pelo testemunho das grandes vitórias de Cristiano Ronaldo, que continuam chegando, sob forma de troféus, bolas ou camisas. A Sputnik Brasil visitou o local, que não vive só do passado, mas também do presente e do futuro.
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A última peça a chegar para compor o acervo de mais de 200 troféus é a bola do jogo em que o filho mais ilustre da Madeira marcou dois gols na vitória de Portugal por 2 a 1 sobre a Irlanda, no dia 1º de setembro deste ano, em jogo das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, no Catar. Ao bisar na partida, como se fala em terras portuguesas, Ronaldo passou a ser o maior artilheiro de seleções da História, com 111 gols, dois a mais do que Ali Daei alcançou para o Irã. 
Detalhe da bola com a qual Cristiano Ronaldo marcou dois gols, tornando-se o maior artilheiro de seleções de todos os tempos, com 111
No Brasil, é comum torcedores de um time provocarem os de equipes rivais quando está em jogo a comparação de títulos ou feitos conquistados há muito tempo, com a máxima de que "quem vive de passado é museu". Isso não é válido para o Museu CR7. Os recordes continuam sendo quebrados, e o espaço está em constante renovação e atualização, como explica o guia Nuno Mendes, em entrevista à Sputnik Brasil.
"Realmente, os museus têm essa conotação associada ao passado, mas, no caso do Ronaldo, é passado, presente e futuro, porque sabemos que ainda vamos ter mais troféus aqui. O Ronaldo está sempre a receber troféus. A cada mês, chegam sempre coisas novas. E, até acabar a carreira, acredito que vá receber muito mais troféus para nossa coleção ficar ainda mais completa", aposta Nuno Mendes.
Uma das novidades que ainda não estava na exposição quando Sputnik Brasil visitou o local é a estátua de Ronaldo vestida com o uniforme do Manchester United. Mas estará, em breve, uma vez que o português já estreou pelo clube em que despontou para o mundo aos 18 anos, sob a bênção de Alex Ferguson. A estátua já está lá, só falta trocar a camisola, como os portugueses denominam uma camisa. Até pouco tempo, era a do Juventus. 
"Esta estátua, de momento, está com o equipamento de Portugal, mas, em breve, vai ter o novo equipamento do Manchester United. Temos duas estátuas no museu, uma delas está sempre com o equipamento de Portugal, e a outra está com o equipamento da equipe atual do Ronaldo. Em breve, vamos receber o novo equipamento, já da época de 2021/2022", revela. 
Visão de uma das estátuas e corredores com troféus

Estátua de tamanho real feita com 100 quilos de chocolate

Há ainda uma terceira estátua do jogador, feita com cerca de 100 quilos de chocolate, pelo chef confeiteiro português Jorge Cardoso, premiado com o título de Campeão do Mundo em 2018, no Culinary World Cup, onde representou a Suíça em Luxemburgo. Todas são em tamanho real, mas diferentemente das outras duas, esta está protegida para não correr o risco de algum fã mais faminto "devorar" Ronaldo.
Por coincidência, no mesmo dia em que Sputnik Brasil esteve no Museu CR7, Maria Dolores Aveiro, mãe do jogador, postou uma foto no seu Instagram ao lado da estátua de chocolate, brincando com os fãs. 

Quem sentir fome de verdade pode ir ao CR7 Corner, bar e restaurante, ao lado do museu. Entre segunda e sexta-feira, há happy hour das 17h às 19h, com 50% de desconto nas bebidas. Até nos banheiros é possível ver detalhes do jogador, com a cara dele, cujos óculos fazem às vezes de espelho.
Mas ainda há muito para ver no museu. Estão lá camisas históricas, como a que Ronaldo conquistou a Champions League pelo Manchester United, na temporada 2007/2008, assinada por todos os jogadores e pela comissão técnica.  
"É uma camisola especial, porque o próprio Ronaldo a usou nessa final que conquistou a Champions e todos os membros assinaram no fim do jogo. E foi a última vez que o Manchester ganhou a Liga dos Campeões", observa Mendes. 
Nuno Mendes, guia do Museu CR7, mostra a camisa com a qual Ronaldo conquistou a última Liga dos Campeões pelo Manchester
Indagado pela Sputnik Brasil se esperava ver mais uma camisa destas no próximo ano no museu, ele se mostra otimista.
"Esperemos que sim. Sempre que o Ronaldo joga na Champions é para ganhar, independentemente do clube. Portanto, esperemos que ele atinja mais esse objetivo", torce.
Questionado sobre o que ainda falta conquistar para a "máquina de quebrar recordes", o guia do museu diz que apenas um Mundial. E aposta as fichas no Qatar, em 2022. Ainda assim, há, no acervo, um troféu conquistado por Ronaldo na Copa de 2014 no Brasil: o de melhor jogador no jogo em que Portugal derrotou o Gana por 2 a 1, e o artilheiro marcou o gol da vitória.
Também é possível ver mais de 50 bolas de jogos em que o goleador fez hat tricks, quando um jogador marca três gols em apenas uma partida. Por pouco, os torcedores do Manchester não viram esse feito na estreia de Ronaldo, no sábado. A equipe derrotou o Newcastle por 4 a 1, com dois gols dele. Os britânicos tiraram o chapéu para o português, mais uma vez.
"Por falar em gols e bolas, temos aqui, no museu, todos os hat tricks que o Ronaldo fez na carreira dele, ou melhor, todas as bolas com que ele fez os hat tricks. São mais de 50, o que torna o Ronaldo também um dos melhores jogadores em nível de hat tricks na carreira", assinala. 
Algumas das bolas com as quais CR7 fez mais de 50 hat tricks, separadas por uma camisa comemorativa do Real Madrid

Campo de CR7 é visitado por brasileiros e estrangeiros

Do Museu CR7, este correspondente da Sputnik Brasil em Lisboa partiu à procura da quadra de futebol reformada pela Nike, em frente à qual Ronaldo morou na infância, no bairro social da Quinta do Falcão, como os portugueses designam conjuntos habitacionais populares. Apesar de o campo ter sido reinaugurado recentemente, o local não é de tão fácil acesso, devido às informações desencontradas.
Neste domingo (12), o nutricionista português Rubens Ferreira visitava a quadra com a namorada Rachel. Eles moram na Suíça e foram passear na ilha da Madeira, embalados pelo seu principal garoto-propaganda.
"Sou fã do Ronaldo, desde o início. E aproveitei para vir à Madeira para descobrir o campo, e a ilha dele, porque ele também faz muita publicidade para isso. O campo está bonito, principalmente as balizas. Agora só falta visitar o museu", elogia Ferreira. 
O português Rubens Ferreira e sua namorada, que moram na Suíça, visitam a quadra de CR7 pela primeira vez
O Museu CR7, curiosamente, só funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. Mas essa é uma das peculiaridades da Madeira: a maioria das atrações turísticas fecha aos fins de semana. Torcedor do Porto, Ferreira é realista ao ser questionado pela Sputnik Brasil se sonha ver Ronaldo vestir a camisa do seu time algum dia. 
"Possível acho que não é, mas gostava muito que ele jogasse no Porto. Só pela seleção de Portugal, já é muito bom", comemora.
Já o carioca André Almeida sonha mais alto e quer ver Ronaldo vestindo a camisa do Flamengo, a mesma que escolheu para visitar a quadra reformada pela Nike. Morador de Lisboa, ele está de passeio na casa de uma amiga na Madeira. 
"Seria um sonho vê-lo no ataque. Na mesma leva, ainda podiam trazer o Pepe, pois estamos precisando de um zagueiro que saiba se impor pela força", sonha Almeida. 
Enquanto seu sonho não é realizado, ele se contentou em ver, pela TV portuguesa, Michael fazer dois golaços, e Pedro marcar um gol, na vitória de virada do Flamengo sobre o Palmeiras, por 3 a 1, em São Paulo. O rubro-negro jogou com o time praticamente todo reserva, enquanto o alviverde paulista, treinado pelo português Abel Ferreira, entrou em campo com a equipe titular. 
"Se Ronaldo estivesse em campo, faria pelo menos três gols nesse time do Palmeiras. Abel não tem a mesma estrela de Jorge Jesus, quando treinou o Flamengo", brinca.
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