"Como já foi referido, a situação na zona de responsabilidade da OTSC e nas fronteiras externas dos Estados-membros não só é instável como também traz novos desafios e riscos verdadeiramente urgentes para a segurança de nossos países", disse Putin.
"Logo após a retirada precipitada, para dizer o mínimo, das tropas dos EUA e de seus aliados do Afeganistão e a chegada ao poder do Talibã [organização terrorista proibida na Rússia e em outros países] nós, na cúpula extraordinária da OTSC, trocamos pontos de vista sobre os perigos associados à situação radicalmente alterada naquele país. Todos apoiaram então a conclusão de que, nas atuais circunstâncias, a coordenação estreita e a coesão dos Estados-membros da OTSC são mais necessárias do que nunca", acrescentou o presidente russo.
Combatentes talibãs vigiam aeroporto de Cabul, no Afeganistão, na sexta-feira, 27 de agosto de 2021, um dia após ataques mortais
© AP Photo / Wali Sabawoon
No início do mês, o líder russo, comentando a situação no Afeganistão, observou que a democracia não pode ser imposta à força e que, se a população assim quiser, chegará a ela por si própria.
Ele ressaltou ainda que o Talibã não é um movimento homogêneo, pois no território atuam diferentes grupos.
Além disso, Putin definiu a situação do Afeganistão como uma "catástrofe humanitária", destacando que a ONU e o seu Conselho de Segurança têm a responsabilidade de manter a ordem no mundo.