O presidente sírio, Bashar al-Assad, e o rei jordaniano, Abdullah II, falaram um com o outro pela primeira vez em uma década. De acordo com a agência de notícias estatal síria SANA, Assad fez uma chamada ao líder da Jordânia em 3 de outubro para discutir as relações bilaterais e as vias para impulsionar a cooperação "no interesse dos dois países e povos".
O rei da Jordânia afirmou que Amã apoia a integridade territorial da Síria, bem como seus esforços para preservar a "estabilidade e soberania", segundo um comunicado emitido pelo palácio real jordaniano.
Esta conversa importante entre os dois líderes árabes foi possibilitada pelo descongelamento das relações entre os dois países.
Foto divulgada pela Corte Real Hachemita: rei Abdullah II da Jordânia discursa durante a inauguração da 19ª sessão extraordinária do Parlamento, em Amã, Jordânia
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Em setembro, a mídia jordaniana relatou que as nações haviam reativado um negócio de dez anos, segundo o qual gás natural egípcio é transportado através da Jordânia, da Síria e do Líbano. Também nesse mês, o ministro da Defesa sírio visitou o país vizinho para discutir uma série de questões, e na semana passada a Jordânia reabriu uma passagem fronteiriça com a Síria, em uma tentativa de impulsionar a cooperação.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian (à esquerda) encontra-se com o presidente da Síria, Bashar al-Assad, em Damasco, Síria, 29 de agosto de 2021
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Do mesmo jeito, nos últimos meses o Reino Hachemita da Jordânia tem tentado convencer Washington a normalizar suas relações com a Síria, que ficaram bastante deterioradas após o início da guerra síria. Amã sugere, particularmente, que a Casa Branca levante partes do Ato César de 2019, que impõe sanções contra companhias estrangeiras que fazem negócios com Damasco.
Em uma entrevista à CNN em julho deste ano, o rei jordaniano disse que Bashar al-Assad permanecerá no poder, observando que a posição apoiada pelo Ocidente, de que Damasco deve ser ostracizada, é insustentável. Porém, na semana passada, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que Washington não tinha planos de "normalizar ou melhorar" as relações com a Síria e não estava encorajando outras nações a fazê-lo.