O novo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, acusou a China de tentar mudar o status quo com o uso da força "em algumas áreas".
Por outro lado, na mesma intervenção, Kishida elogiou Pequim como maior parceiro comercial de Tóquio, convocando a continuação das negociações entre as duas potências.
As declarações foram dadas a repórteres nesta segunda-feira (4), e o novo premiê acrescentou que o governo japonês "deve observar de perto se a China pode cumprir os altos níveis exigidos pelo TTP [Acordo de Parceria Trans-Pacífico] em questões como empresas estatais e segurança da informação". Segundo Kishida, há "algumas questões questionáveis na China" relacionadas aos direitos humanos.
Os comentários de Kishida ocorrem dias após a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, afirmar que Pequim "está disposta a trabalhar junto com a nova equipe do novo governo do Japão [...] para aprofundar a cooperação pragmática em várias áreas e promover o desenvolvimento saudável e estável das relações sino-japoneses".
Fumio Kishida, recém-eleito premiê japonês, após votação na câmara baixa do parlamento em Tóquio, 4 de outubro de 2021
© REUTERS / KIM KYUNG-HOON
Novo governo japonês
O Partido Liberal Democrata (PLD), no poder do Japão, tinha elegido Kishida como seu novo líder, depois que o demissionário premiê Yoshihide Suga anunciou no início de setembro sua decisão de não concorrer ao cargo de chefe do LDP, o que também significou sua renúncia como chefe de governo.
Kishida planeja dissolver a Câmara dos Representantes em 14 de outubro. De acordo com os relatos da mídia japonesa, a eleição da câmara baixa do Parlamento japonês deve ocorrer em 31 de outubro.