Em seu texto publicado na revista Foreign Affairs, a presidente de Taiwan destacou que, como os países reconhecem cada vez mais a ameaça colocada pelo Partido Comunista da China, eles devem compreender o valor de trabalhar com a ilha.
"E eles devem se lembrar que se Taiwan caísse, as consequências seriam catastróficas para a paz regional e o sistema da aliança democrática. Seria um sinal de que na competição global de valores de hoje o autoritarismo está em vantagem sobre a democracia", conforme Tsai.
Taiwan não procura um confronto militar e quer uma coexistência pacífica, estável, previsível e mutuamente benéfica com seus vizinhos, afirmou a presidente.
"Mas se sua democracia e modo de vida forem ameaçados, Taiwan fará tudo o que for preciso para se defender", disse Tsai, adicionando que o povo taiwanês "se levantará" se a existência de Taiwan for ameaçada, deixando claro que a democracia é inegociável.
Tsai voltou a apelar a negociações com a China, se forem realizadas em espírito de igualdade e sem condições políticas prévias. Ela destacou que Taiwan é um país democrático e ocidental, mas influenciado pela civilização chinesa e moldado pelas tradições asiáticas.
No mesmo dia, o premiê taiwanês, Su Tseng-chang, disse que Taiwan deve "ficar em alerta" por causa das atividades militares da China, que são "excessivas". A declaração se segue à incursão de pelo menos 52 aviões chineses na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan na segunda-feira (4).