De acordo com o jornal South China Morning Post, o Ministério da Ciência e Tecnologia chinês apresentou no dia 3 de outubro as Especificações Técnicas para a Nova Geração de Inteligência Artificial.
De acordo com o jornal, o guia faz parte de um ambicioso plano da China para se converter no país mais competitivo em termos de IA até 2030, embora tenha calculado que impulsionará esta tecnologia no país até 2025.
Este guia ético é baseado nos princípios básicos que qualquer sistema de IA deverá respeitar, sendo o mais importante que seja um sistema "controlável e confiável", ou seja, que permita ao usuário desistir de seus serviços a qualquer momento, sem correr o risco, por exemplo, de ter sua privacidade afetada.
Inteligência artificial (imagem ilustrativa)
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Os demais princípios do guia incluem que os sistemas estejam focados no bem-estar humano, na promoção da igualdade e da justiça, na proteção da privacidade e segurança e incentivem a educação ética.
Rebecca Arcesati, analista do Instituto Mercator para Estudos Chineses, explicou ao jornal chinês que a apresentação do guia ético é uma "clara mensagem" para os gigantes tecnológicos, criticados pelo governo chinês pela gestão de dados e implementação de algoritmos com fins de consumo e publicidade.
A analista considera que o documento confirma a prioridade que é para a China se tornar em um país de ponta em IA.
"A China está optando por um modelo severo, onde o Estado está pensando seriamente sobre as transformações a longo prazo que a IA trará, desde a alienação social até os riscos existenciais, e está tratando de administrar e guiar todas essas transformações de forma ativa", explicou.