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Ministro do STF prorroga por mais 90 dias inquérito que apura interferência de Bolsonaro na PF

Na semana passada, Jair Bolsonaro concordou em prestar depoimento presencial no inquérito que apura supostas interferências do presidente na Polícia Federal.
Sputnik
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta segunda-feira (11) por mais 90 dias o inquérito que apura supostas interferências do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal (PF). A apuração foi aberta após denúncia do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro.
"Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 dias, a partir do encerramento do prazo final anterior [27 de outubro], o presente inquérito", lê-se no despacho de Moraes, reproduzido pelo jornal Extra.
Na semana passada, Bolsonaro concordou em prestar depoimento presencial no inquérito. A questão de como e se o presidente deveria prestar depoimento na investigação ficou em aberto quase um ano no Supremo.
A PF já realizou as principais diligências da investigação e falta apenas ouvir Bolsonaro a respeito dos fatos. Esse caso teve como ponto de partida declarações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ainda em abril do ano passado.
O ex-juiz e ex-ministro, Sergio Moro, durante pronunciamento à imprensa.
Moraes prorrogou também por três meses o inquérito que apura a existência e o financiamento de uma suposta milícia digital que teria praticado atos contrários à democracia, como incitar o fechamento do STF.
Aberto em julho, este segundo caso é um desdobramento do inquérito que investigou atos antidemocráticos deflagrados no início do ano passado e agora mira a atuação digital de supostos aliados de Bolsonaro em ações ilegais.
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