Para estancar crise, Argentina decide congelar preços até janeiro de 2022

Preço de mais de mil produtos também deverá recuar ao mesmo custo que tinha em 1º de outubro. Comércio argentino não recebeu bem a notícia e acredita que medida pode causar desabastecimento.
Sputnik
Nesta quarta-feira (20), o governo da Argentina divulgou uma resolução da Secretaria de Comércio Interior, a partir da qual os preços de 1.432 produtos serão congelados até 7 de janeiro de 2022, segundo o Estadão.
De acordo com a mídia, a decisão deve ser seguida por "todos os produtores, comercializadores e distribuidores" em todo o território nacional.
A norma também define que as empresas que integram a cadeia de produção dos produtos da lista devem "aumentar sua produção até o máximo de sua capacidade instalada" e assegurar o transporte e o fornecimento durante o período de vigência da resolução.
O presidente da Câmara Argentina de Comércio e Serviços, Mario Grinman, alertou para o risco de desabastecimento com a medida oficial.
Em sua interpretação, quando terminar o que as empresas já produziram, elas podem não produzir mais no período, caso concluam que terão prejuízo. Grinman lamentou que o país tenha voltado a recorrer a uma estratégia que, segundo ele, "nunca funcionou".
Além do congelamento dos preços, os mesmos devem recuar ao nível em que estavam em 1º de outubro, de acordo com o Estadão.
Assim como o Brasil, a Argentina enfrenta um aumento na inflação de mais de 50% ao ano, além da ampliação da pobreza e outros problemas sociais em decorrência da pandemia.
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