"Tudo isso pode parecer uma utopia, mas atualmente a Europa, mais especificamente a Europa da OTAN, vive à custa da energia russa. Na luta contra o terrorismo, a Rússia é mais ativa do que os países da OTAN. Espero que no fim das contas os meus desejos se tornem realidade e surgirá uma OTAN que inclua a Rússia", diz o artigo.
De acordo com o jornalista, a principal ameaça à Aliança Atlântica são conflitos internos, e não os países que não fazem parte da organização. Ele destacou os conflitos entre a Turquia e a Grécia e as tensões entre Washington e Ancara.
"O que é mais interessante ainda é que a Turquia, membro da OTAN, está em um estado de profunda reconciliação e diálogo com a Rússia, que a OTAN considera um inimigo", ressaltou Barlas.
Anteriormente, Dmitry Peskov, o porta-voz do Kremlin, afirmou que a OTAN não foi criada para a paz, mas sim para o confronto. Segundo ele, a liderança russa nunca teve ilusões sobre a aliança.
Operador de câmera em frente a uma tela antes de cúpula da OTAN, no centro de imprensa em Bruxelas, Bélgica, 13 de junho de 2021
© REUTERS / Yves Herman
Na semana passada, o ministro russo das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov declarou que Rússia suspenderá o funcionamento do escritório de informações da aliança em Moscou. Além disso, Lavrov detalhou que Moscou não pretende fazer de conta que as relações com a OTAN poderão mudar em uma perspectiva de curto prazo.
Em 6 de outubro, a OTAN anunciou a redução da missão russa junto à aliança de 20 para 10 pessoas, oito diplomatas tiveram suas acreditações revogadas, outras duas vagas foram eliminadas. Segundo a aliança, até final de outubro os diplomatas russos devem deixar Bruxelas.