Washington também garante ao Tribunal de Apelação em Londres que a Assange, de 50 anos, será fornecido "qualquer tratamento clínico e psicológico que seja recomendado por um clínico qualificado" em uma prisão, onde ele será mantido sob custódia.
Na quarta-feira (27), o Supremo Tribunal de Londres começou a ouvir a apelação dos EUA contra a decisão da corte que recusa a extradição de Assange para os Estados Unidos. Durante dois dias de audiência, o governo norte-americano vai contestar a decisão de 4 de janeiro de 2021 pela juíza Vanessa Baraitser.
A juíza Baraitser disse que o denunciante, indiciado em 17 acusações de espionagem e uma acusação de uso indevido de computador, não pode ser extraditado para os Estados Unidos devido ao grande risco de suicídio.
Julian Assange cumprimenta seus apoiadores fora da embaixada do Equador em Londres, Reino Unido, 19 de maio de 2017
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Em caso de Julian Assange solicitar a transferência para a Austrália, os EUA estão prontos para a efetuar, segundo o documento. A transferência será realizada assim que o Estado australiano conceder seu consentimento em receber Assange.
Além do mais, Washington prometeu ao Reino Unido que o fundador do site WikiLeaks não será submetido "a medidas administrativas especiais" em caso de extradição.
A publicação pelo site WikiLeaks de milhares de documentos militares e diplomáticos vazados, em 2010, enfureceu a Casa Branca e o Pentágono, e Assange poderia enfrentar uma pena máxima de 175 anos de prisão se fosse condenado nos EUA.