A crescente intensidade de voos da aviação da OTAN perto das fronteiras russas exige o aperfeiçoamento do sistema de defesa aeroespacial da Rússia, segundo o presidente.
A implantação de mísseis dos EUA na Europa representa uma ameaça, disse Putin ao dar início a uma série de reuniões na área de defesa em Sochi.
"Todo mundo está ciente dos planos dos EUA para implantarem mísseis de médio alcance na Europa, isso representa um grande perigo e uma ameaça para nós", disse Putin aos representantes do Ministério da Defesa.
O líder russo declarou que é necessário que o país modernize o seu sistema de forças aeroespaciais. Segundo ele, da prontidão operacional deste sistema depende a manutenção da paridade estratégica, dado que alguns colegas estrangeiros procuram quebrá-lo.
Ele acrescentou ainda que a Rússia vai "responder adequadamente" às tentativas dos países estrangeiros de quebrar a paridade estratégica.
Segundo Putin, um sistema de defesa aeroespacial aperfeiçoado da Rússia será capaz de detectar e destruir mísseis hipersônicos e balísticos de todos os tipos.
"No âmbito do programa estatal de armamento, 25 sistemas de mísseis antiaéreos S-400 e mais de 70 caças modernos foram entregues nos últimos quatro anos. Mais de 20 sistemas S-300 e 90 aeronaves passaram por atualizações", afirmou presidente russo.
Ele observou ainda que em breve o Exército russo receberá o primeiro sistema de mísseis S-500 produzido em série.
"Nos próximos anos, mais de 200 aeronaves e 26 sistemas de mísseis antiaéreos S-350 e S-400, bem como o primeiro modelo de produção em série e o mais novo sistema de mísseis S-500, serão fornecidos às tropas russas", ressaltou.
Durante a reunião, ele também falou sobre as prioridades-chave em relação à modernização da Marinha da Rússia.
"Outra tarefa extremamente importante é munir a Marinha russa com equipamentos e armamentos modernos. Nos últimos quatro anos, a Marinha recebeu 49 novos navios e lanchas de combate, 9 sistemas de mísseis costeiros e 10 aeronaves", conclui presidente.