No final de outubro de 2021, o Parlamento português rejeitou a proposta de Orçamento para 2022 apresentada pelo governo do primeiro-ministro António Costa, do PS, de centro-esquerda. Caso os partidos não conseguissem encontrar uma solução, o chefe de Estado advertiu que teria de dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas antecipadas.
Depois de se reunir individualmente com todos os líderes partidários e de escutar os conselheiros de Estado, o presidente de Portugal declarou, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, que se encontra "em condições de [...] dissolver a Assembleia da República e convocar eleições para o dia 30 de janeiro de 2022", citado pelo Diário de Notícias.
O líder português justificou a escolha desse dia para compatibilizar "a desejável rapidez com a devida atenção a um período sensível na vida das pessoas", citado pela mídia.
Da esquerda para a direita, até o momento, grande parte dos partidos políticos se mostra favorável à data escolhida por Marcelo Rebelo de Sousa, com exceção do PCP, que aponta que as eleições deveriam se realizar no "mais curto prazo possível".
José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, partido que então estava na liderança governamental do país, afirma que "o PS tudo fez para evitar esta crise política", citado pelo Diário de Notícias. Porém, garante que o partido compreende e respeita a decisão do presidente.