O medicamento se chama Paxlovid, e segundo a Pfizer, conseguiu reduzir em 89% o risco de hospitalização ou morte dos adultos infectados com o novo coronavírus, e que apresentam sinais de poderem progredir na doença.
Para o estudo, foram analisados 775 pacientes adultos, todos não vacinados, todos infectados pela COVID-19 - com sintomas leves e moderados - e pertencentes a grupos de risco, entre os quais obesidade, diabetes e problemas cardíacos.
O tratamento começou entre três a cinco dias após serem detectados os primeiros sintomas, e teve duração de cinco dias. No final, apenas 1% dos pacientes teve de ser hospitalizado e não foi registrada nenhuma morte.
No Rio de Janeiro, uma profissional de saúde atende a pacientes no Hospital Ronaldo Gazolla, onde fica a maior UTI de atendimento à COVID-19 no Brasil, em 27 de abril de 2021
© Folhapress / Agência Enquadrar
O estudo deste novo medicamento foi monitorado por um grupo de médicos independente, e sua recomendação de encurtar o tratamento com o novo comprimido parece ter tido resultados positivos até agora.
Nesta semana, a The BMJ, influente revista médica, relatou que pesquisadores participantes dos ensaios clínicos da vacina da Pfizer estiveram envolvidos em práticas científicas de baixos padrões que comprometeram a integridade dos resultados.
Porém, ante a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) isso não colocou em dúvida as conclusões sobre a segurança e a eficácia do medicamento produzido pela farmacêutica em questão.