Os países europeus são eles próprios responsáveis
pelas centenas de milhares de migrantes, e pretendem
afastar a responsabilidade pelos eventos na fronteira entre Belarus e a Polônia, afirmou Vladimir Putin, presidente da Rússia.
O presidente russo também comentou as acusações contra a Aeroflot, linha aérea da Rússia, que supostamente transportou migrantes para Belarus.
Na segunda-feira (8), uma multidão de 2.000 migrantes, principalmente curdos, se dirigiu à fronteira entre Belarus e a Polônia, incluindo uma quantidade significativa de mulheres e crianças. Eles criaram um acampamento improvisado perto do posto de controle Bruzgi, na região de Grodno, Belarus. Os migrantes têm tentado subir as cercas, mas os policiais poloneses não os têm deixado entrar. Apesar disso, há relatos de dezenas de ilegais entrando no país da União Europeia (UE).
Nos últimos meses a Lituânia, Letônia e Polônia têm relatado um crescimento no número de ilegais detidos na fronteira com Belarus e acusam Minsk de criar uma crise migratória, algo que o governo belarusso tem negado.
Mateusz Morawiecki, presidente da Polônia, declarou o estado de emergência na fronteira polonesa-belarussa. Varsóvia referiu que
as Forças Armadas e a polícia foram enviadas para o local. Aleksandr Lukashenko, presidente de Belarus, disse que o país não poderá mais conter o fluxo migratório
em meio às sanções aplicadas pela UE ao país. Os guardas fronteiriços belarussos têm informado sobre expulsões de migrantes de volta para Belarus desde a Lituânia, Polônia e Letônia.