Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, repudiou a prorrogação das sanções da União Europeia (UE) contra seu governo que aconteceu na quinta-feira (18), e tachou o bloco de racista e colonialista.
"Da União Europeia, posso dizer que não importa nada que faça Josep Borrell [alto representante da UE] nem o que a União Europeia faça com seu complexo de superioridade, com seu complexo racista de colonialismo atrasado", comentou o chefe de Estado venezuelano à emissora Venezolana de Televisión (VTV).
Maduro afirmou que o diplomata da UE "passa vergonha alheia", e o acusou de estar sob a égide do governo dos EUA. Apesar de tudo, ele relatou que a delegação de observadores do bloco europeu continua realizando seu trabalho em torno das eleições regionais e municipais de domingo (21), que deverão eleger 23 governadores e 335 prefeitos
"Há uma delegação da União Europeia que foi convidada pelo poder eleitoral para exercer suas funções, pediu nossa aprovação, a demos, mas não me importa para nada, se vão para lá, [ou] para aqui. O que me importa é o que o povo da Venezuela segue", apontou, e acrescentou que tinha uma reunião marcada com os observadores internacionais.
A UE estendeu sanções à Venezuela até 14 de novembro de 2022, mas o passo foi relatado inicialmente pela mídia espanhola, que criticou a ausência de um comunicado oficial sobre a decisão.