A liberação de 50 milhões de barris de petróleo foi anunciada hoje (23) pelo Departamento de Energia americano.
"Enquanto a economia mundial se recupera da pandemia, a oferta de petróleo não aumentou ao ritmo necessário para satisfazer a demanda. A decisão de hoje é uma resposta aos preços altos experimentados em sete anos, e busca assegurar um fornecimento adequado enquanto saímos da pandemia", diz o comunicado.
Índia cede à demanda dos EUA e liberará 5 milhões de barris de petróleo de reservas
Tal como outras grandes economias, a Índia vai liberar cerca de cinco milhões de barris de petróleo bruto de seus estoques de emergência para baixar os preços do combustível, disse à Press Trust of India um funcionário nesta terça-feira (23).
A reversão na posição de Nova Deli ocorre em meio aos pedidos de Joe Biden para que os principais países consumidores de petróleo, incluindo a China, Índia, Japão e Coreia do Sul, liberem suas reservas petrolíferas a fim de conter o crescimento dos preços.
Na semana passada, o ministro indiano do Petróleo e Gás Natural, Hardeep Singh Puri, tinha rejeitado o pedido de Washington. "As reservas de petróleo estratégicas nunca foram destinadas a uma situação como esta. É para uma situação de força maior, se houver um terramoto, um surto global de hostilidades, e as reservas de petróleo estão fechadas", disse Puri ao Bloomberg TV.
De acordo com o governo indiano, as reservas petrolíferas estratégicas se encontram em três locais: Vishakapatnam, Mangalore e Padur, sendo constituídas por 38 milhões de toneladas de petróleo bruto.
Nova Deli afirma ter "aproveitado" os baixos preços do petróleo em abril e maio do ano passado para preencher suas reservas, tendo poupado US$ 671 milhões (R$ 3,77 bilhões). O combustível dessas reservas foi proveniente da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.
Além da Índia, a Coreia do Sul, a China, o Reino Unido e o Japão também cederam à exigência de Washington de liberar suas reservas estratégicas de petróleo bruto para ajudar a reduzir os preços globais. O Japão está supostamente dando tal passo, apesar de uma lei nacional que proíbe ações desse tipo.
Os Estados Unidos, bem como a Índia, acusam a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o bloco de 13 países liderado pelo maior produtor de petróleo global, a Arábia Saudita, de não produzir petróleo suficiente para atender às demandas globais de energia.