Panorama internacional

EUA liberam 50 milhões de barris de petróleo de reservas em resposta a 7 anos de aumento de preços

O presidente Joe Biden ordenou liberar as reservas estratégicas de petróleo americanas em resposta aos altos preços do óleo bruto, que se mantêm assim há sete anos, para garantir uma oferta adequada, afetada pelos efeitos da pandemia.
Sputnik
A liberação de 50 milhões de barris de petróleo foi anunciada hoje (23) pelo Departamento de Energia americano.
"Enquanto a economia mundial se recupera da pandemia, a oferta de petróleo não aumentou ao ritmo necessário para satisfazer a demanda. A decisão de hoje é uma resposta aos preços altos experimentados em sete anos, e busca assegurar um fornecimento adequado enquanto saímos da pandemia", diz o comunicado.

Índia cede à demanda dos EUA e liberará 5 milhões de barris de petróleo de reservas

Tal como outras grandes economias, a Índia vai liberar cerca de cinco milhões de barris de petróleo bruto de seus estoques de emergência para baixar os preços do combustível, disse à Press Trust of India um funcionário nesta terça-feira (23).
A reversão na posição de Nova Deli ocorre em meio aos pedidos de Joe Biden para que os principais países consumidores de petróleo, incluindo a China, Índia, Japão e Coreia do Sul, liberem suas reservas petrolíferas a fim de conter o crescimento dos preços.
Na semana passada, o ministro indiano do Petróleo e Gás Natural, Hardeep Singh Puri, tinha rejeitado o pedido de Washington. "As reservas de petróleo estratégicas nunca foram destinadas a uma situação como esta. É para uma situação de força maior, se houver um terramoto, um surto global de hostilidades, e as reservas de petróleo estão fechadas", disse Puri ao Bloomberg TV.
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De acordo com o governo indiano, as reservas petrolíferas estratégicas se encontram em três locais: Vishakapatnam, Mangalore e Padur, sendo constituídas por 38 milhões de toneladas de petróleo bruto.
Nova Deli afirma ter "aproveitado" os baixos preços do petróleo em abril e maio do ano passado para preencher suas reservas, tendo poupado US$ 671 milhões (R$ 3,77 bilhões). O combustível dessas reservas foi proveniente da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.
Além da Índia, a Coreia do Sul, a China, o Reino Unido e o Japão também cederam à exigência de Washington de liberar suas reservas estratégicas de petróleo bruto para ajudar a reduzir os preços globais. O Japão está supostamente dando tal passo, apesar de uma lei nacional que proíbe ações desse tipo.
Os Estados Unidos, bem como a Índia, acusam a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o bloco de 13 países liderado pelo maior produtor de petróleo global, a Arábia Saudita, de não produzir petróleo suficiente para atender às demandas globais de energia.
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