No terceiro trimestre de 2021, quando a cepa Delta chegou aos EUA, pesquisadores realizaram durante várias semanas coletas de swab da nasofaringe de detentos de uma prisão no Texas onde havia 74% de presos infectados, segundo o portal medRxiv.org.
A grande maioria dos presos vacinados recebeu a vacina da Pfizer/BioNTech, os outros receberam imunizantes da Moderna e da Johnson & Johnson. Os cientistas avaliaram a presença de partículas virais na nasofaringe dos prisioneiros de duas grandes celas comuns.
93% dos presos não vacinados testaram positivo para a COVID-19, enquanto dos imunizados 70% estavam infectados com o vírus.
Além disso, os pesquisadores não registraram uma diferença de tempo de vida do vírus na nasofaringe dos vacinados e não vacinados, que foi de 13 dias. As exceções foram os recuperados da COVID-19, nos quais o vírus só esteve ativo por até dez dias.
Os pesquisadores concluíram que não há uma diferença estatisticamente significativa no potencial de transmissão do coronavírus entre os vacinados e não vacinados.
Por isso, as medidas de prevenção e mitigação das consequências da COVID-19 devem ser aplicadas em ambientes com alto risco de infecção, como prisões, hospitais e lares para idosos, independentemente da imunização, sublinharam os pesquisadores.