Nesta segunda-feira (29), em um discurso para Organização Mundial da Saúde (OMS), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu a estratégia do governo Bolsonaro contra a pandemia da COVID-19 e omitiu a existência de mais de 600 mil mortes no país, um dos números mais elevados do mundo, segundo o UOL.
Após passar longo período negando o vírus, esnobando contratos com laboratórios para compra de vacinas e criticando a China em relação ao seu imunizante, o governo federal deu a entender ao mundo, nesta semana, que as vacinas foram centrais na redução de casos no país.
"Graças à expansão de testes em massa e com mais de 75% da população vacinável completamente imunizada, foi possível reduzir em 90% a taxa de novos casos e mortes no intervalo de seis meses", disse o ministro citado pela mídia.
Ao mesmo tempo, Queiroga exaltou o SUS, dizendo que o Sistema Único de Saúde foi peça-chave no enfrentamento da pandemia, entretanto.
"A pandemia mostrou a necessidade de garantir acesso universal à Saúde e de fortalecer sistemas nacionais de Saúde. [...] No Brasil, temos o SUS, que foi o pilar de nossa resposta", insistiu.
Ômicron
Também hoje (29), sobre a nova variante do vírus SARS-CoV-2, a Ômicron, o ministro afirmou que a nova cepa "é de preocupação, mas não desespero".
Queiroga fez a declaração em Salvador, na Bahia, durante assinatura de contrato com a Pfizer para compra de 100 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19, de acordo com a Folha de São Paulo.
"Há três dias, foi anunciada uma nova variante, que foi inicialmente descrita na África do Sul, a variante Ômicron. E eu falei: 'É uma variante de preocupação, mas não é de desespero' [...]. Não é uma variante de desespero porque temos autoridades sanitárias comprometidas com assistência de qualidade", afirmou.
No domingo (28), o Brasil confirmou mais 78 mortes e 3.422 casos de COVID-19, totalizando 614.314 óbitos e 22.078.741 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.