Joe Biden, presidente dos EUA, e sua administração, estão preparando a próxima cúpula virtual com Vladimir Putin, seu homólogo da Rússia, indica na terça-feira (30) o jornal The Washington Post (WP), citando fontes.
Os analistas do WP veem a conversa virtual de dezembro como uma oportunidade para reduzir as tensões entretanto acumuladas, mas também para "sinalizar ao Kremlin os custos de uma invasão" da Ucrânia. As ameaças de uma suposta "invasão" do país têm sido reportadas por uma grande parte da mídia ocidental, sendo regularmente refutadas por Moscou.
Washington também mencionou a possibilidade de haver uma cúpula presencial entre Putin e Biden em 2022, segundo o jornal.
A possibilidade de um encontro presencial foi mencionada por William J. Burns, diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA, quando visitou a Rússia no início de novembro, escreve a mídia.
Se acontecer, tal encontro seria o segundo, depois de junho de 2021, quando ambos os líderes se encontraram em Genebra, Suíça. Na época foi decidido lançar um diálogo sobre estabilidade estratégica, assuntos diplomáticos, cibersegurança, e outras questões. No entanto, não houve confirmação de um novo encontro, apesar de Biden ter afirmado ter intenção de falar com os presidentes da Rússia e da Ucrânia.
As supostas preparações para uma chamada virtual entre a Casa Branca e o Kremlin vêm em meio ao crescimento de tensões na fronteira da Ucrânia. Países ocidentais dizem que a Rússia está concentrando tropas na região, chamando a ação de "não usual", "não provocada" e "não explicada", e declaram que isso é um prelúdio para a invasão da Ucrânia, com o Kremlin respondendo que não tem tais objetivos.
Em resposta às acusações, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia comunicou na terça-feira (30) que as ações do país são "de natureza puramente defensiva", apontando o fato de que mais de 50 aeronaves e drones da OTAN estão sendo detectadas perto das fronteiras russas todas as semanas.