Panorama internacional

União Europeia anuncia pacote de quase R$ 2 trilhões para conter influência da China

Para conter a China, a União Europeia (UE) anunciou um plano para investir até € 300 bilhões (cerca de R$ 1,9 trilhão) de fundos públicos e privados até 2027 em projetos de infraestrutura pelo mundo.
Sputnik
A maior parte dos países ocidentais são críticos à iniciativa Um Cinturão, Uma Rota, imposta pela China, que busca impulsionar o comércio na Ásia e outras fronteiras, enquanto investe na infraestrutura de transporte de outros países.
Para conter a influencia chinesa no mundo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou em setembro o lançamento do Global Gateway (Portão Global), uma iniciativa que busca levantar as barreiras globais ao comércio de bens e serviços.
Na noite de ontem (1º), a União Europeia lançou oficialmente o programa, detalhando alguns aspectos e sua forma de atuação. A iniciativa reunirá recursos dos 27 Estados-membros da UE, assim instituições financeiras europeias e entidades dedicadas ao desenvolvimento, além de fundos do setor privado.
Para ter sucesso, o Global Gateway deve ser um projeto do time Europa e deve envolver o setor privado. Também precisa de liderança política e alinhamento com parceiros com ideias semelhantes. Discuti isso com o presidente dos EUA, Joe Biden. Queremos mostrar que as democracias e os investimentos orientados para o valor podem oferecer resultados.
"Os investimentos nos setores digital, de saúde, clima, energia e transportes, além de educação e pesquisa, serão uma prioridade", afirmou a Comissão Europeia em nota oficial.
O valor prometido por Bruxelas é o dobro do que já foi investido por Pequim até agora na iniciativa Um Cinturão, Uma Rota. Segundo o portal oficial da União Europeia, o "Global Gateway pretende aumentar os investimentos que promovem valores democráticos e padrões elevados de boa governança e transparência".
A UE promete oferecer condições financeiras sólidas aos seus parceiros, trazendo subvenções, empréstimos favoráveis ​​e garantias orçamentais para diminuir o risco de investimentos.
"A iniciativa investirá na estabilidade e cooperação internacional, e demonstrará como os valores democráticos oferecem certeza e justiça para os investidores, sustentabilidade para os parceiros e benefícios de longo prazo para as pessoas em todo o mundo", diz a nota oficial.
O mecanismo, assegura a UE, "ajudaria a garantir uma maior igualdade de condições para as empresas europeias nos mercados de países terceiros, onde cada vez mais têm de competir com concorrentes estrangeiros que recebem um grande apoio dos seus governos".
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