Neste sábado (4), França e Arábia Saudita concordaram em fazer mais para ajudar a população libanesa, com o objetivo de trabalhar para resolverem uma disputa diplomática entre Beirute e os estados do Golfo e pressionar, conjuntamente, o governo libanês para gerenciar a crise, segundo a Reuters.
O presidente francês, Emmanuel Macron, se reuniu com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, e disse, sem fornecer mais detalhes, que "agora vamos trabalhar de uma forma muito concreta para colocar isso entre nós dois", de acordo com a mídia.
Os líderes também conversaram com o primeiro-ministro libanês Najib Mikati. Macron disse que ligaria para seu homólogo do Líbano, Michel Aoun, em seu retorno a Paris.
O príncipe saudita, Mohammed bin Salman, recebe o presidente francês Emmanuel Macron em Jeddah, Arábia Saudita, 4 de dezembro de 2021
© REUTERS / Corte Real Saudita
Em outubro, Riad expulsou George Kordahi, o enviado do Líbano ao reino saudita, quando o mesmo fez comentários criticando o papel da Arábia Saudita na guerra no Iêmen, o que levou o país saudita a proibir as importações libanesas.
Na sexta-feira (3), Kordahi pediu demissão para ajudar a encerrar a disputa diplomática não só com o reino, mas com países do Golfo como os Emirados Árabes Unidos e Bahrein, que tomaram as "dores" sauditas e determinaram medidas semelhantes.
A mídia relata que Macron liderou esforços internacionais para resolver a crise política e econômica no Líbano. Mas, apesar de apostar muito de seu capital na questão por mais de um ano, falhou até agora em forçar os políticos em disputa do país a realizarem reformas econômicas que desbloqueariam uma ajuda externa vital.
O Líbano está lutando contra uma crise econômica profunda e precisa desesperadamente de apoio financeiro de doadores regionais e internacionais.