Segundo aponta o jornal, os ataques cibernéticos tiveram como alvo funcionários dos EUA que trabalham na África Oriental.
O spyware Pegasus fornece aos clientes governamentais a capacidade de extrair arquivos, ouvir conversas e rastrear os movimentos do dispositivo infetado com este software malicioso, acrescenta a mídia.
Enquanto alguns dos indivíduos-alvo eram representantes do corpo diplomático do Departamento de Estado dos EUA, outros eram colaboradores locais que trabalhavam nas embaixadas dos EUA.
Uma fonte familiarizada com a situação disse ao jornal que os celulares hackeados tinham estado conectados a endereços de e-mail do Departamento de Estado dos EUA.
Em comunicado emitido nesta sexta-feira (3), o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca informou que os EUA estão extremamente preocupados com o fato de o software do NSO Group representar um grave risco de contraespionagem e de segurança para os funcionários americanos, razão pela qual a administração colocou várias empresas envolvidas no desenvolvimento e divulgação destas ferramentas na lista de entidades do Departamento de Comércio que realizam atividades contrárias à segurança nacional dos EUA.
Em novembro passado, o Departamento de Comércio já tinha incluído a referida empresa israelense na sua "lista negra". O spyware Pegasus da NSO Group teria sido usado para espionar os celulares de cerca de 50.000 pessoas, incluindo políticos, empresários, ativistas, jornalistas e opositores em todo o mundo.