Segundo Anatoly Altshtein, professor e cientista sênior do Centro de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, citado pelo jornal Vechernyaya Moskva, a cepa sul-africana tem lados positivos e negativos.
A variante tem uma transmissibilidade rápida, porém, por três semanas não tem sido registrado nenhum caso mortal. Mas o especialista sugere continuar monitorando a situação sem tirar conclusões apressadas.
"Nós não sabemos quão suscetível ela é à ação das vacinas. Supõe-se que ela deve possuir determinada suscetibilidade. Por isso, ele não dispensa a vacina. Não posso descartar que, no caso de ela ser leve, ela mesma vai servir como vacina de certo modo", resumiu o virologista.
O Serviço Federal de Defesa dos Direitos dos Consumidores e Bem-Estar Humano da Rússia confirmou hoje (6) a detecção da cepa Ômicron em dois cidadãos russos que regressaram da África do Sul. A entidade detalhou que anteriormente eles tinham sido testados à COVID-19 com resultado positivo.
A mutação Ômicron já foi identificada em pelo menos 38 países do mundo, no entanto, a variante Delta segue dominando. A cepa B.1.1.529, batizada pela OMS como Ômicron, foi detectada pela primeira vez em meados de novembro na África do Sul.