Conforme publicou o portal G1, a procuradora da República Marcia Brandão Zollinger apontou em sua manifestação a prescrição dos crimes apontados no caso.
Em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia anulado o processo ao considerar o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) como suspeito, o que aponta que o ex-magistrado da Lava Jato agiu de forma enviesada no caso ao condenar Lula.
Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (à esquerda) gesticula ao lado do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (à direita), durante cerimônia de divulgação do "pacote anticrime", em 3 de outubro de 2019
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Após a anulação da condenação, o caso foi enviado à Justiça Federal em Brasília, onde a investigação deveria ser reiniciada. O Ministério Público decidiu então não apresentar nova denúncia contra Lula, apontando a prescrição do caso.
Histórico do caso
Em abril de 2018, Moro determinou a prisão de Lula no caso triplex, após condenação a oito anos e dez meses por corrupção e lavagem de dinheiro. À época, Lula liderava as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais daquele ano.
Com Lula preso, Jair Bolsonaro (PL) foi eleito e apontou Moro como seu ministro da Justiça e Segurança Pública. Apelidado de "superministro", o ex-juiz deixou o cargo em abril do ano passado e hoje é pré-candidato à Presidência.
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixando a carceragem da Polícia Federal de Curitiba
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Após mudança de entendimento do STF sobre a prisão em 2ª instância, em novembro de 2019, Lula deixou o cárcere em Curitiba depois de 580 dias detido. O ex-presidente novamente lidera as pesquisas de intenção de voto, dessa vez para as eleições presidenciais de 2022.