Apesar dos diversos temas abordados durante a ligação entre Joe Biden e Vladimir Putin, presidentes dos EUA e da Rússia, a Ucrânia foi o assunto principal entre os dois líderes.
O norte-americano expressou preocupações com o que chamou de "escalada das forças da Rússia em torno da Ucrânia", e deixou claro que os EUA responderiam com fortes medidas econômicas no caso de escalada militar.
"O presidente Biden reiterou seu apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia e pediu a redução da escalada e um retorno à diplomacia", esclareceu um comunicado da Casa Branca.
O Kremlin, por sua vez, disse que a reunião foi "franca e profissional". Putin manifestou interesse em cancelar as restrições acumuladas às missões diplomáticas e normalizar outros aspectos de suas relações.
Ele disse que a Rússia está altamente interessada em obter garantias confiáveis de que a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) não se expandirá mais para o leste.
O presidente russo ainda acusou a OTAN de fazer tentativas perigosas de assumir o controle da Ucrânia.
Ele disse ao homólogo norte-americano que era errado colocar toda a responsabilidade sobre os ombros da Rússia pelas atuais tensões entre as duas nações, denunciando em seguida a atitude destrutiva de Kiev em relação ao acordo de paz no leste da Ucrânia.
A mídia ocidental sustenta que cerca de 175.000 soldados russos se reuniram perto da fronteira com a Ucrânia e estão se preparando para uma invasão do país em janeiro.
O Kremlin negou que uma invasão esteja sendo preparada e chamou as reportagens de "campanha de notícias falsas".