Em entrevista ao The Gaurdian, o diretor do Instituto de Genética do Colégio Universitário de Londres explicou: "Existem duas linhagens da Ômicron, BA.1 e BA.2, que são bem diferentes geneticamente [...] e podem se comportar de maneira distinta".
Uma dessas diferenças é a ausência na linhagem BA.2 de uma alteração genética específica que permite a identificação da variante em testes de PCR. Os especialistas esclareceram que uma pessoa infectada com essa nova variante receberia o teste de PCR positivo para o coronavírus, mas em alguns casos não seria possível distinguir a Ômicron de outras variantes. Já os testes de sorologia são capazes de identificar a BA.2.
A variante "furtiva", como vem sendo chamada informalmente pelos cientistas, foi detectada pela primeira vez entre os genomas do vírus COVID-19 enviados nos últimos dias da África do Sul, Austrália e Canadá. Por enquanto são sete os casos confirmados da versão BA.2 do vírus.
Sobre o aumento do risco de transmissão, os especialistas dizem ainda ser cedo para fazer avaliações, mas as diferenças já detectadas entre as variantes são um alerta.
Segundo dados das secretarias estaduais de saúde, divulgados pelo portal G1, a média móvel de mortes no Brasil caiu 14% nos últimos 7 dias, o que é considerado por especialistas como um cenário de estabilidade. Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará e Sergipe foram os únicos estados que apresentaram aumento da média móvel.