O objetivo do projeto é garantir que "os produtos feitos com trabalho forçado na Região Autônoma Uigur, em Xinjiang, na República Popular da China, não entrem no mercado dos Estados Unidos", conforme o texto aprovado nesta quarta-feira (8).
A legislação visa "bens, mercadorias e artigos importados diretamente da Região Autônoma Uigur de Xinjiang ou feitas por uigures, cazaques, quirguizes, tibetanos ou membros de outros grupos perseguidos na China".
Além disso, o projeto de lei exige que o presidente norte-americano, Joe Biden, imponha sanções aos funcionários responsáveis por perseguir minorias e facilitar o suposto trabalho involuntário.
Membros da Câmara dos Representantes norte-americana aplaudem durante sessão em Washington, EUA, 6 de janeiro de 2021. Foto de arquivo
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O texto legislativo acusa a China de prender arbitrariamente até 1,8 milhão de uigures, cazaques, quirguizes e membros de outros grupos minoritários muçulmanos em um sistema de campos extrajudiciais de internação em massa.
Segundo a Câmara dos Representantes dos EUA, os prisioneiros seriam forçados a produzir "têxteis, eletrônicos, produtos alimentícios, sapatos, chá e artesanato" em uma rede de fábricas subsidiadas pelo governo em Xinjiang e em outras partes da China.
Em julho deste ano, o Senado norte-americano aprovou sua versão do projeto por unanimidade.