De acordo com um relatório publicado pelo The Washington Post, Israel atacou com jatos, no dia 8 de junho deste ano, supostos locais de armas químicas na Síria.
Os jatos teriam disparado mísseis contra três alvos militares perto das cidades de Damasco e Homs, matando sete soldados, incluindo um coronel e um engenheiro que trabalhava em um laboratório militar ultrassecreto no país.
Ataques israelenses em território sírio são, de certa forma, usuais, entretanto, o que chamou atenção para este, segundo a mídia, foi que enquanto os ataques anteriores quase sempre tinham como alvo aliados de forças iranianas e carregamentos de armas, o ataque de 8 de junho foi direcionado a instalações militares sírias, e todas elas com ligações às antigas armas químicas do programa do país.
O ataque teria sido então uma campanha para impedir esforços do governo em Damasco para reiniciar seu programa de armas químicas, incluindo a importação de um ingrediente usado para fazer o gás sarin.
Citando quatro oficiais de inteligência dos EUA, que falaram sobre o assunto à mídia em condição de anonimato, Tel Aviv teria tomado medidas semelhantes no dia 5 de março de 2020, com os ataques ocorrendo na mesma região: perto de Homs e ao norte de Damasco.
Porém, não está claro se as investidas foram totalmente bem-sucedidos para interromper os supostos planos sírios.
Do lado israelense, o intuito era que os ataques fossem preventivos, prejudicando a capacidade de produção do país antes que as armas reais pudessem ser feitas, disseram dois funcionários da inteligência norte-americana.
Nesta foto divulgada pela agência de notícias oficial síria SANA, mostra as chamas subindo do local de um ataque com míssil israelense, no porto da cidade costeira de Latakia, Síria, 7 de dezembro de 2021
© AP Photo / Agência SANA
Na época da eclosão do conflito armado na Síria em 2011, Damasco controlava um dos maiores e mais avançados estoques de armas químicas do mundo, incluindo centenas de toneladas de sarin binários e VX, dois dos mais mortíferos agentes de guerra química já produzidos.
Israel não comentou sobre o relatório, o último de uma série de vazamentos para veículos estrangeiros detalhando ações militares secretas de Israel contra a Síria e o Irã.