A informação foi confirmada pelo porta-voz do Pentágono, John Kirby, que afirmou que as recomendações do Pentágono a respeito do incidente não tratam sobre responsabilização.
"O secretário [de Defesa dos EUA, Lloyd Austin] revisou as recomendações, não vou abordar todas elas, algumas delas são compreensivelmente classificadas, mas ele aprovou as recomendações. Não prevejo que haja questões de responsabilidade pessoal a respeito do ataque aéreo de 29 de agosto", afirmou Kirby durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (13).
O porta-voz do Pentágono destacou ainda que as recomendações do órgão a respeito do incidente em Cabul são principalmente sobre como melhorar o processo de análise de inteligência para ataques aéreos. Kirby também afirmou que os EUA seguem trabalhando para prestar assistência financeira às famílias das vítimas do ataque aéreo e garantir que isso seja feito de forma segura.
Em setembro deste ano, o chefe do Comando Central dos EUA (CENTCOM, na sigla em inglês), o general Kenneth McKenzie, confirmou que um ataque aéreo norte-americano matou dez civis, incluindo sete crianças, em Cabul. Nenhum alvo do Estado Islâmico-Khorasan (EI-K) (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) foi morto no ataque.
John Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA
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McKenzie explicou ainda que informações incorretas apontaram para uma ameaça iminente às forças norte-americanas no aeroporto de Cabul. O homem que o Pentágono buscava atingir com o ataque, Zemarai Ahmadi, era um engenheiro elétrico de uma organização humanitária norte-americana.
A inteligência supostamente indicava que Ahmadi carregava explosivos em um veículo, o que correspondia a um perfil de ameaça do EI-K. Mais tarde foi revelado que Ahmadi não tinha conexão com o grupo terrorista e estava transportando água, e não explosivos, para pessoas em um bairro próximo ao aeroporto de Cabul.