As novas informações, divulgadas pela Reuters, mostram que o que antes era uma investigação envolvendo somente uma grande compra de barris de petróleo com preços fixos e artificialmente baixos, agora já chegam a quatro.
Três faturas não divulgadas anteriormente apontam para o envolvimento sistêmico das empresas Oil & Gas Venture Capital Corp. (OGVC) e Consultores EGR. As duas corporações atuaram supostamente como intermediárias, facilitando o esquema de suborno entre a Petrobras e a empresa de serviços financeiros norte-americana JPMorgan Chase.
Segundo os dados divulgados pela Reuters, a OGVC teria recebido US$ 150.000 (cerca de R$ 850.000) da Consultores EGR pela ajuda na compra de 826.000 barris de petróleo, pela JPMorgan, em transação com a Petrobras no valor de US$ 80 milhões (cerca de R$ 450 milhões), no ano de 2011.
O Conselho Internacional de Jornalismo Investigativo compartilhou com a Reuters números do banco suíço Landolt & Cie, onde constam as transações entre as intermediárias. A informação analisada pela Reuters foi enviada pelas autoridades suíças aos investigadores da Polícia Federal.
As novas faturas se juntaram às provas iniciais, que foram reportadas em setembro de 2021 em outra reportagem da Reuters, quando a Polícia Federal investigava a venda de 305.000 barris de petróleo. Foram analisados e-mails, faturas e declarações de funcionários. Essa investigação faz parte de uma grande investida das autoridades brasileiras, que nos últimos anos vem investigando o setor de comércio de commodities.
A Petrobras e a JPMorgan não quiseram comentar a investigação.